sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
Quem foi D.Sebastião?
D. Sebastião I de Portugal (Lisboa, 20 de Janeiro de 1554 — Alcácer-Quibir, 4 de Agosto de 1578) foi o décimo sexto rei de Portugal, cognominado O Desejado por ser o herdeiro esperado da Dinastia de Avis, mais tarde nomeado O Encoberto ou O Adormecido. Foi o sétimo rei da Dinastia de Avis, neto do rei João III de quem herdou o trono com apenas três anos. A regência foi assegurada pela sua avó Catarina da Áustria e pelo Cardeal Henrique de Évora.
Aos 14 anos assumiu a governação manifestando grande fervor religioso e militar. Solicitado a cessar as ameaças às costas portuguesas e motivado a reviver as glórias do passado, decidiu a montar um esforço militar em Marrocos, planeando uma cruzadaapós Mulei Mohammed ter solicitado a sua ajuda para recuperar o trono. A derrota portuguesa na batalha de Alcácer-Quibir em 1578 levou ao desaparecimento de D. Sebastião em combate e da nata da nobreza, iniciando a crise dinástica de 1580 que levou à perda da independência para a dinastia Filipina e ao nascimento do mito do Sebastianismo.
Classificação de obra: leitura de excertos de memória ao conservatório real
Da leitura de excertos da "Memória ao Conservatório Real", no Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, destaco os seguintes tópicos:
- os factos históricos portugueses são marcados pela simplicidade; essa simplicidade é solenemente trágica e «moderna» (romântica);
- na história do Frei Luís de Sousa, há simplicidade trágica, mas há, também, o espírito do Cristianismo que suaviza o desespero das personagens: em vez de uma morte violenta, “morrem para o mundo”, entregam-se a Deus;
- da tragédia não usa o verso, preferiu a prosa, talvez para não “ofender” a memória de Frei Luís de Sousa, ele próprio um dos melhores prosadores da língua portuguesa;
- consequentemente, se, na forma, esta obra é um drama, na «índole», considera-a uma tragédia antiga;
- uma ação muito “simples”, sem paixões violentas: poucas personagens, todas elas genuinamente cristãs , sem um “vilão”, sem assassínios, sem “sangue”;
- sem estes “ingredientes”macabros, tão usados na época para captar o interesse das plateias, Garrett quis verificar se era possível despertar, nesse público ávido de emoções fortes, os dois sentimentos únicos de uma tragédia: o terror e a piedade;
- no entanto, considera a sua peça “apenas” um drama, porque, tal como a sociedade, a literatura ainda estava em “construção”: a literatura reflete, mas influencia, também, a sociedade;
- afirma, porém, que não se sentiu obrigado a respeitar a verdade histórica, mas sim a “verdade” poética;
- e justifica essa opção, caracterizando a sua época, o século XIX, como «um século democrático; tudo o que se fizer há-de ser pelo povo e com o povo…ou não se faz.»;
- a verdade encontra-se no passado histórico, porque é “o espelho” do presente: só assim o leitor apreciará, porque só assim entenderá – «é preciso entender para apreciar e gostar».
Características da tragédia clássica e do drama romântico de frei luis de sousa
Se se pretender fazer uma aproximação entre esta obra e a tragédia clássica, poder-se-á dizer que é possível encontrar quase todos os elementos da tragédia, embora nem sempre obedeça à sua estruturação objectiva.
A hybris é o desafio, o crime do excesso e do ultraje. D. Madalena não comete um crime propriamente na ação, mas sabemos que ele existiu pela confissão a Frei Jorge de que ainda em vida de D. João de Portugal amou Manuel de Sousa, apesar de guardar fidelidade ao marido. O crime estava no seu coração, na sua mente, embora não fosse explícito como entre os clássicos.
Manuel de Sousa Coutinho também comete a sua hybris ao incendiar o palácio para não receber os governadores. A hybris manifesta-se em muitas outras atitudes das personagens.
O conflito que nasce da hybris desenvolve-se através da peripécia (súbita alteração dos acontecimentos que modifica a ação e conduz ao desfecho), do reconhecimento imprevisto que provoca a catástrofe. O desencadear da ação dá-nos conta do sofrimento que se intensifica e conduz ao desenlace. O sofrimento age sobre os espectadores, através dos sentimentos de terror e de piedade, para purificar as paixões(catarse). A reflexão catártica é também dada pelas palavras do Prior, quando na última fala afirma: "Meus irmãos, Deus aflige neste mundo àqueles que ama. A coroa da glória não se dá senão no céu".
Tal como na tragédia clássica, também o fatalismo é uma presença constante. O destino acompanha todos os momentos da vida das personagens, apresentando-se como um força que as arrasta de forma cega para a desgraça. É ele que não deixa que a felicidade daquela família possa durar muito.
Garrett, recorrendo a muitos elementos da tragédia clássica, constrói um drama romântico, definido pela valorização dos sentimentos humanos das personagens; pela tentativa de racionalmente negar a crença no destino, mas psicologicamente deixar-se afetar por pressentimentos e acreditar no sebastianismo; pelo uso da prosa em substituição do verso e pela utilização de uma linguagem mais próxima da realidade vivida pelas personagens; sem preocupações excessivas com algumas regras, como a presença do coro ou a obediência perfeita à lei das três unidades (ação, tempo e espaço).
Valor simbólico de alguns elementos de Frei Luis de Sousa
- Madalena era uma pessoa muito supersticiosa e por consequência qualquer coisa que ela achasse fora do normal ela considerava isso como um sinal, e todos os objetos tinham um simbolismo;
- Para Madalena o retrato de Manuel de Sousa e o seu palácio tinham um significado de presença e afirmação dele mesmo na sua mente;
- A sua destruição pelo incêndio fez com que Madalena pressenti-se que iria perder Manuel de Sousa tal como perdeu o seu retrato e o seu palácio.
- A leitura dos versos de Camões referem-se ao trágico fim dos amores de D. Inês de Castro que, como D. Madalena, também vivia uma felicidade aparente quando a desgraça se abateu.
- O tempo dos principais momentos da ação sugerem o dia aziago: sexta-feira, fim da tarde e noite (Ato I), sexta-feira, tarde (Ato II), sexta-feira, alta noite (Ato lll ); e à sexta-feira D. Madalena casou-se pela primeira vez; à sexta-feira viu Manuel pela primeira vez; à sexta-feira dá-se o regresso de D. João de Portugal; à sexta-feira morreu D. Sebastião, vinte e um anos antes.
Esta informação foi retirada:
http://discportugues.blogspot.pt/2012/01/modulo-7-elementos-simbolicos.html
Características do romantismo em frei luis de sousa
O Frei Luís de Sousa apresenta alguns dos tópicos românticos, tais como:
- Sebastianismo - alimentado por Telmo e Maria;- patriotismo e nacionalismo - além do que decorre do Sebastianismo, deve-se ter em conta o comportamento de Manuel de Sousa Coutinho ao incendiar o seu próprio palácio para impedir que fosse ocupado pelos Governadores ao serviço de Castela;- crenças e superstições - alimentadas por Madalena, Telmo e Maria, que, sistematicamente, aludiam a agouros, visões, sonhos;- religiosidade - uma referência de todas as personagens; note-se, no entanto, a religiosidade de Manuel de Sousa Coutinho, que inclui o uso da razão e que determina a entrada em hábito como solução do conflito; Madalena, por exemplo, não compreende a atitude de Joana de Castro, a condessa de Vimioso que se tornou freira (Soror Joana);- individualismo - o confronto entre o indivíduo e a sociedade é particularmente visível em Madalena;- tema da morte - a morte como solução dos conflitos é um tema privilegiado pelos românticos; no caso do Frei Luís de Sousa, verifica-se:- a morte física de Maria (morre tuberculosa);- a morte simbólica de Madalena e de Manuel, que, ao tomarem o hábito, morrem para a vida mundana;- morte simbólica de D. João de Portugal que, depois de admitir que morreu no dia em que sua mulher o julgou morto, simbolicamente, morre uma segunda vez, quando Telmo, depois de lhe ter desejado a morte física como única maneira de salvar a sua menina, o seu anjo (Maria), aceita colaborar com o Romeiro no sentido de afirmar que se trata de um impostor, numa última tentativa de evitar a catástrofe;- morte psicológica de Telmo (ver texto de António José saraiva);
Esta informação foi retirada: http://faroldasletras.no.sapo.pt/frls_romantismo.htm
O que é o Sebastianismo?
O Sebastianismo foi um movimento místico-secular que
ocorreu em Portugal na segunda metade do século
XVI como consequência da morte do rei D.
Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir, em 1578. Por falta
de herdeiros, o trono português terminou nas mãos do
rei Filipe II da rama espanhola da casa de Habsburgo.
Basicamente é um messianismo adaptado às condições
lusas e à cultura nordestina do Brasil. Traduz uma
inconformidade com a situação política vigente e uma
expectativa de salvação, ainda que miraculosa, através
da ressurreição de um morto ilustre.
O povo nunca aceitou a morte do rei, divulgando a lenda de
que ele ainda se encontrava vivo, apenas esperando o
momento certo para voltar ao trono e afastar o domínio
estrangeiro.
Esta informação foi retirada:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sebastianismo
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Frei luis de sousa : Ação, Espaço, Tempo , Personagens - caracterização
Ação dramática
Frei Luís de Sousa contém o drama que se abate sobre a família de Manuel de Sousa Coutinho e D. Madalena de Vilhena. As apreensões e pressentimentos de Madalena de que a paz e a felicidade familiar possam estar em perigo tornam-se gradualmente numa realidade. O incêndio no final do Ato I permite uma mutação dos acontecimentos e precipita a tensão dramática. E no palácio que fora de D. João de Portugal, a ação atinge o seu clímax, quer pelas recordações de imagens e de vivências, quer pela possibilidade que dá ao Romeiro de reconhecer a sua antiga casa e de se identificar a Frei Jorge.
O Ato I inicia-se com Madalena a repetir os versos d'Os Lusíadas:
- "Naquele engano d'alma ledo e cego,
que a fortuna não deixa durar muito…"
As reflexões que se seguem transmitem, de forma explícita um presságio da desgraça que irá acontecer. Obedecendo à lógica do teatro clássico desenvolve a intriga de forma a que tudo culmine num desfecho dramático, cheio de intensidade: morte física de Maria e a morte para o mundo de Manuel e Madalena.
que a fortuna não deixa durar muito…"
Tempo
A ação dramática de Frei Luis de Sousa acontece em 1599, durante o domínio filipino, 21 anos após a batalha de Alcácer-Quibir. Esta aconteceu a 4 de Agosto de 1578.
"A que se apega esta vossa credulidade de sete… e hoje mais catorze… vinte e um anos?", pergunta D. Madalena a Telmo (Ato I, cena 11).
"Vivemos seguros, em paz e felizes… há catorze anos" (1, cena 11).
"Faz hoje anos que… que casei a primeira vez, faz anos que se perdeu el-rei D. Sebastião, e faz anos também que… vi pela primeira vez a Manuel de Sousa", afirma D. Madalena (Il. cena X).
"Morei lá vinte anos cumpridos" (…) "faz hoje um ano… quando me libertaram", diz o Romeiro (Il. cena XIV).
A ação reporta-se ao final do século XVI, embora a descrição do cenário do Ato I se refira à "elegância" portuguesa dos princípios do século XVII.
O texto é, porém, escrito no século XIX, acontecendo a primeira representação em 1843.
Personagens
D. Madalena de Vilhena é a primeira personagem que aparece na obra, mas pode-se afirmar que toda a família tem um relevo significativo. São as relações entre esposos, pais e filha, o criado e os seus amos ou mesmo o apoio de Frei Jorge que estão em causa. Um drama abate-se sobre esta família e enquanto Manuel de Sousa Coutinho e D. Madalena se refugiam na vida religiosa, Maria morre como vítima inocente.
D. Madalena tinha 17 anos quando D. João de Portugal desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir. Durante 7 anos procurou-o. Há catorze anos que vive com Manuel de Sousa Coutinho. Tem agora 38 anos (17 + 21). Mulher bela, de carácter nobre, vive uma felicidade efémera, pressentindo a desventura e a tragédia do seu amor. Racionalmente, não acredita no mito sebastianista que Ihe pode trazer D. João de Portugal, mas teme a possibilidade da sua vinda. E com medo que a encontramos a refletir sobre os versos de Camões e a sentir, como que em pesadelo, a ideia de que a sobrevivência de D. João destrua a felicidade da sua família. No imaginário de D. Madalena, a apreensão torna-se pressentimento, dor e angústia. É neste terror que se vê na necessidade de voltar para a habitação onde com ele viveu.
Manuel de Sousa Coutinho (mais tarde Frei Luis de Sousa) é um nobre e honrado fidalgo, que queima o seu próprio palácio, para não receber os governadores. Embora apresente a razão a dominar os sentimentos, por vezes, estes sobrepõem-se quando se preocupa com a doença da filha. É um bom pai e um bom marido.
Maria de Noronha tem 13 anos, é uma menina bela, mas frágil, com tuberculose, e acredita com fervor que D. Sebastião regressará. Tem uma grande curiosidade e espírito idealista. Ao pressentir a hipótese de ser filha ilegítima sofre moralmente. Será ela a vítima sacrificada no drama.
Telmo Pais, o velho criado, confidente privilegiado, define-se pela lealdade e fidelidade. Não quer magoar nem pretende a desgraça da família de D. Madalena e Manuel. Mas como verdade recorrente no mito sebastianista, acredita que D. João de Portugal há-de regressar. No fim, acaba por trair um pouco a lealdade de escudeiro pelo amor que o une à filha daquele casal, D. Maria de Noronha. Representa um pouco o papel de coro da tragédia grega, com os seus diálogos, os seus agoiros ou os seus apartes.
O Romeiro apresenta-se como um peregrino, mas é o próprio D. João de Portugal. Os vinte anos de cativeiro transformaram-no e já nem a mulher o reconhece. D. João, de espectro invisível na imaginação das personagens, vai lentamente adquirindo contornos até se tornar na figura do Romeiro que se identifica como "Ninguém". O seu fantasma paira sobre a felicidade daquele lar como uma ameaça trágica. E o sonho torna-se realidade.
Frei Jorge Coutinho, irmão de Manuel de Sousa, amigo da família e confidente nas horas de angústia, ouve a confissão angustiada de D. Madalena. Vai ter um papel importante na identificação do Romeiro, que na sua presença indicará o quadro de D. João de Portugal.
Esta informação foi retirada:
http://www.lithis.pt/26
ESPAÇO SOCIAL - Domina o estatuto da nobreza, bem evidente na forma de falar, de agir e de pensar das personagens.
Esta informação foi retirada:
http://www.propor.esccb.pt/propor2/index.php?option=com_content&view=article&id=22&Itemid=28atos ilocutórios
i. Comprei bilhete para Paris.
ii. Queres acompanhar-me?
iii. Concordo com a tua opinião.
iv. Não te esqueças de comprar o leite!
v. Asseguro-te que amanhã te envio os resultados.
vi. Que bela manhã de Primavera!
vii. Agradeço-te sinceramente o apoio que me deste.
viii. Eu te baptizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Pressuposição
Definição de Pressuposição:
Existem várias expressões ou itens lexicais ou mesmo estruturas que são
desencadeadores de pressuposição. Veremos aqui alguns tipos, mas vale lembrar que
não é necessário memorizar esses desencadeadores, para sabermos se há a relação de
pressuposição entre as sentenças ou enunciados; basta aplicarmos a definição em (3),
que podemos prever, sem erro, se existe tal relação. Mas vejamos alguns tipos de
desencadeadores de pressuposição já bem investigados pelos linguistas.
Existem várias expressões ou itens lexicais ou mesmo estruturas que são
desencadeadores de pressuposição. Veremos aqui alguns tipos, mas vale lembrar que
não é necessário memorizar esses desencadeadores, para sabermos se há a relação de
pressuposição entre as sentenças ou enunciados; basta aplicarmos a definição em (3),
que podemos prever, sem erro, se existe tal relação. Mas vejamos alguns tipos de
desencadeadores de pressuposição já bem investigados pelos linguistas.
Inferência
Definição de Inferência:
O processo pelo qual uma conclusão é inferida a partir de
múltiplas observações é chamado processo dedutivo ou indutivo, dependendo do contexto. A conclusão pode
ser correta , incorrecta, correta dentro de um certo grau de precisão, ou correta em certas situações.
Conclusões inferidas a partir de observações múltiplas podem ser testadas por observações adicionais.
O processo pelo qual uma conclusão é inferida a partir de
múltiplas observações é chamado processo dedutivo ou indutivo, dependendo do contexto. A conclusão pode
ser correta , incorrecta, correta dentro de um certo grau de precisão, ou correta em certas situações.
Conclusões inferidas a partir de observações múltiplas podem ser testadas por observações adicionais.
Exemplos:
Para a
conclusão ser necessariamente verdadeira, as premissas precisam ser
verdadeiras.
Agora nos voltamos para um forma inválida.
Todo A é B.
C é um B.
Portanto, C é um A.
Para mostrar que esta
forma é inválida, buscamos demonstrar como ela pode levar a partir de premissas
verdadeiras para uma conclusão falsa.
Todas as maçãs são
frutas. (Correto)
Bananas são frutas.
(Correto)
Portanto, as bananas são
maçãs. (Errado)
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
Batalha de alcacer Quibir
Batalha de alcacer Quibir:
Esta informação foi retirada: http://www.infopedia.pt/$alcacer-quibir
Praça marroquina onde, a 4 de agosto de 1578, o exército português, sob o comando de D. Sebastião, sofreu pesadíssima derrota.
A batalha causou, entre muitas outras mortes, a do próprio rei português, que não deixou herdeiro.
Assim, verificou-se uma crise dinástica
que levou,em 1580, à perda da independência dePortugal com a subida ao trono de Filipe II deEspanha. D.Sebastião, desde novo influenciado pelas lutas que então se desenrolavam no Norte de África (como a defesa de Mazagão, em 1562),tem intenção de aí intervir,dado entender ser necessário reviver glórias passadas. Assim, desde que toma conta do governo, em 1568, vai começar a preparar a sua intervenção em África, que era como que um imperativo nacional, pois se pretendia beneficiar do comércio com esta zona, rico em ouro, gado, trigo,açúcar...
Por outro lado, além de oferecer oportunidades à burguesia mercantil,era também um campo de atividade para a nobreza.No Norte de África eram constantes as lutas entre várias fações marroquinas. O pretexto para a intervenção de D. Sebastião surge com a deposição, em 1576, do sultão Mulei Ma a mede pelo sultão Mulei Mo luco, este auxiliado pelos Turcos.
Ora, o auxílio dos Turcos era uma ameaça para a segurança das nossas costas e para o comércio com a Guiné, Brasil e Oriente. Por isso, D. Sebastião decide apoiar Mulei Ma a mede,
que nos oferece Arzila, e procura apoio de outros reis. Filipe II vem a retirar-se. Da Alemanha, Flandres e Itália vêm soldados mercenários e auxílio em armas e munições.
Faz se o recrutamento do exército português,
mas verifica-se muita corrupção,
o que vai fazer com que o exército expedicionário,de cerca de 15 000 homens, seja pouco disciplinado, mal preparado,inexperiente e com pouca coesão.D. Sebastião parte de Lisboa a 25 de junho de 1578, passa por Tânger, onde está Mulei Ma a mede, segue para Arzila e daqui
para Larache, por terra, havendo quem preferisse que se fosse por mar, para permitir maior descanso às tropas. Seguem depois a caminho de Alcácer Quibir,onde encontram o exército de Mulei Mo luco, muito superior em número.
A 4 de agosto de 1578, com o exército esgotado pela fome, pelo cansaço e pelo calor,dá-se a batalha.
Nestas condições, o exército português, pesem alguns atos de grande bravura, foi completamente dizimado, sendo muitos mortos, um dos quais o próprio rei D. Sebastião, que preferiu a morte à fuga, enquanto os sobreviventes foram feitos prisioneiros. Esta batalha é conhecida também pelo nome de "Batalha dos Três Reis", pois nela vieram a morrer, além de D.Sebastião, Mulei Ma a mede e Mulei Mo luco.
O resultado e consequências desta batalha são catastróficos para Portugal. Morre o rei, D. Sebastião, não deixando sucessor, o que levanta uma crise dinástica e ameaça a independência de Portugal face a Castela, pois um dos candidatos à sucessão é Filipe II de Espanha. Filipevem efetivamente a ascender ao trono em 1580, após a morte do Cardeal D. Henrique. A maioriada nobreza portuguesa que participara na batalha ou morreu ou foi aprisionada. Para pagar os elevados resgates exigidos pelos marroquinos, o país ficou enormemente endividado e depauperado nas suas finanças.
Esta informação foi retirada: http://www.infopedia.pt/$alcacer-quibir
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